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sábado, 20 de fevereiro de 2010
Um dia... (quando acordei e pensei escrever)
Um dia, igual a tantos outros, acordei pela manhã. Sentei-me na cama procurando sintonizar o meu pensamento.
_ Que teria eu para fazer de tão importante?
Depressa descobri que tarefas e rotinas, horários e encontros não existiam.
Sentia-me algo diferente.
Levantei-me, abri a torneira para a agua ir aquecendo lentamente, desfiz a barba de sete dias que me dava um ar desleixado e preguiçoso, esfreguei e esfreguei os dentes como se fosse possível voltarem a ficar brancos ou quase brancos, sem os vestígios de milhares de maços fumados numa vida de boémia.
Entrei no duche, usei e abusei da força do chuveiro como se a agua me limpasse os erros da vida e, por ali fiquei focado numa vida passada de” procuras” lá fora.
O tempo… esse controlador de nossas vidas começava a perder expressão.
Sentia-me diferente, cada vez mais… diferente.
No meu cérebro, o pensamento divagava por caminhos nunca antes percorridos, a velocidade era tal que… assustava. Por vezes sentia medo, ou o que isso representa.
Queria registar tempos e lugares, opiniões e pessoas, ilusão e magia, o medo que sentia…era o medo de não ter rapidez suficiente na minha mão ou na ponta dos meus dedos para o acompanhar e, escrever.
Queria escrever sem querer ser escritor.
Queria escrever até que a mão me doesse
Até que a tinta da caneta acabasse
Até que o caderno se enchesse
Até que o pensamento terminasse
Sentia-me distinto, poético, pensador.
As palavras…? Essas andam pelo ar á minha volta como se fossem notas musicais.
O tema…? Estará algures nesse caminho que agora decidi atravessar.
O género…? Terá que ser romanceado pelo respeito e gratidão pela ilusão com que esse “bicho” mulher nos alimenta.
Os personagens…? Pessoas com que nos cruzámos, cruzamos, ou nos iremos cruzar.
Quando…? Quando o pensamento fluir, as palavras iram-se ouvir.
Sentia-me dinâmico, capaz, ousado, equilibrado.
Chega…Chega de duche, chega de procurar lá fora aquilo que já encontrei cá dentro.
È tempo de fazer acontecer,
É hora de procurar e encontrar,
É o momento…
De escrever o pensamento.
O dia está lindo
E o sol me convida
Para a praia vou indo
Enriquecer minha vida
Ao fundo o horizonte
Afasta-me da vista curta
Por detrás de mim o monte
Parece que me escuta.
O mar tranquilo e silencioso
Entra e abre minha mente
Falando baixo o manhoso
Desperta-a suavemente
Oh! Que privilégio
O de poder estar ali presente
Enquanto o mar suspira
A mágoa que o povo sente.
13-10-2009
VitorG.
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Gostei, és um sentimental. Descreves muito bem as emocções.
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