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quarta-feira, 10 de março de 2010

As Minhas Musicas do Século…(6)

Se fosse obrigado a escolher um (nº1) compositor do Século, provavelmente não hesitaria um segundo. Pelo escritor, cantor, musico e compositor que há em si, Chico Buarque é sem duvida um dos inconfundíveis. Pelos trabalhos desenvolvidos junto dos mais conceituados músicos brasileiros como Vinícius de Moraes , Tom Jobim, Toquinho, Milton, Caetano Veloso, Elis Regina, Maria Bethânia ou Gal Costa, revelou o prazer, pelo prazer de fazer musica, como eu costumo dizer ,“Musicar livremente, divagando”. Em 2005 tive oportunidade de ler o seu livro “Budapeste” , sobre o mesmo, o mestre Caetano Veloso diz: Budapeste, é um labirinto de espelhos que afinal se resolve, não na trama, mas nas palavras, como os poemas. Eu… por ter um amigo brasileiro no bairro onde vivia, comecei a ouvir o Chico ainda na primária, depois ouvíamos, cantávamos e ficávamos encantados. Esse grande amigo Mário Fuzeta, já não está entre os vivos. Aqui deixo esta canção que não me canso de ouvir. A letra é sem duvida a mais bela que já escutei, comer feijão com arroz como se fosse príncipe ou, morrer na contramão atrapalhando o trânsito é sem dúvida fantástico. Gosto quando escrevem sobre humildade…
Aqui fica “Construção…”

sábado, 6 de março de 2010

As Minhas Musicas do Século...(5)


The Wall, foi um álbum lançado pela banda inglesa Pink Floyd em 1979. A ideia surgiu quando num concerto em Montreal, Roger Waters cuspiu na cara de um fã, por estar a ter um comportamento perturbador. Arrependido com o acto, surgiu-lhe a ideia de construir um muro entre si e o publico. (fonte: Wikipedia)
Another Brick in the Wall será um dos temas que todos ouviremos sempre por ter marcado uma época, ou por o teledisco ser muito á frente, ou pelo filme, ou… por tudo e por nada.
Em particular, vi o filme pela 3ª vez em 1987, quando viajava á boleia com um camionista Holandês por estradas de França, eram 6 horas da manhã. Aquela cabine era uma autêntica sala de estar. Quando vi o concerto (na Tv.) de 21 de Julho de 1990 na televisão, achei e continuo a achar, que dificilmente alguém poderá igualar aquele concerto em termos de imaginação, criação, impacto social ou mediático. Depois da queda do muro de Berlim em 1989, caiu o medo, a divisão a guerra-fria e… aquele concerto foi simplesmente BRUTAL. Aqui fica “Another Brick in the Wall”.

sexta-feira, 5 de março de 2010

As Minhas Musicas do Século...(4)



Lado A. O lado A daquela cassete. Este tema viria a ser consagrado em 2001, pela prestigiada revista Rolling Stone, como a nº 1 entre as 500 melhores músicas da história. Particularmente, gostava de Bob Dylan por ser inconfundível, e por não sentir preconceitos musicais. Assim, e só assim, seria possível divagar pelos blues, folk, country, rock e até o gospel. Ainda na adolescência, Bob pedia discos emprestados aos amigos para ouvir, mas… nunca os devolveu. Bob, aproveitou a onda de protesto que se fazia sentir nos E.U.A. para se consagrar como um cantor “de protesto”, imagem que viria a abandonar pouco depois. Foi meu companheiro de viagem, escondido naquela cassete. Aqui fica o tema “Like a Rolling Stone”. Se me é permitido traduzir: “Os vagabundos da Vida”.
Tiram cursos superiores mas… não sabem viver na rua.

As Minhas Musicas do Século…(3)


Musicas do século…3
Este é um tema que deve ter marcado muita gente. Pela irreverência, pelo poeta, pela forma única de cantar e soletrar poesia. No entanto… é uma escolha muito pessoal. No ano de 1987, quando viajava sozinho á boleia pela Europa Ocidental, tinha comigo um Walkman e uma simples cassete, uma única cassete. Dentro dela, no lado B estava escrito The Doors. Quando esticava o dedo na beira da estrada na ânsia de procurar uma boleia para o desconhecido, sentia o pé a bater ao som desta música. Na volta, parei em Paris, com o objectivo de ir ao Père-Lachaise, ver a campa desse poeta que me acompanhava nessas viagens. Entrei ás 15, e só sai ás 19.30 quando os seguranças nos convidaram a sair. O cemitério fechara ás 19h. Seriam necessárias algumas páginas, para descrever aquelas quatro horas e meia. Ironia, é Jim Morrison (o morto), continuar a ser guardado por um guarda da autoridade que tanto detestava. Diziam… que Jim seria o 4º da lista depois de Jimi Hendrix, Janis Joplin e Brian Jones (todos mortos com 27 anos). Depois falarei no lado A da cassete. Aqui deixo a tal musica que me fazia bater o pé na beira da estrada. Ah… Jim adoptou a alcunha “Mr. Mojo Risin”, refrão desta musica.

quinta-feira, 4 de março de 2010

As Minhas Musicas do Século…(2)


Ne Me Quitte Pas Jacques Brel
http://www.youtube.com/watch?v=lfegOxTCuOQ
Se há gente por esse mundo, que viveu uma vida cheia. Jacques Brel é sem duvida um mito. Sua história é como um iceberg, não pelo gelo, mas sobretudo pela dimensão do que fez em 49 anos vividos de uma forma intensamente pensada… no momento. Num ano chegou a realizar mais de 365 concertos por esse mundo fora. Deixou de actuar ao vivo no ano em que eu nasci. Compositor, autor, realizador, actor, viajante, aventureiro, Jacques Brel procurava sempre um novo desafio, era esse o seu estímulo, era essa a sua motivação. Este tema, é sem dúvida arrepiante. Pelo cantor, pelo poeta, pelo actor e… pela mensagem. Momentos…que duram para todo o sempre.
PS- Aconselho vivamente a visita: http://pt.wikipedia.org/wiki/Jacques_Brel

terça-feira, 2 de março de 2010

As Minhas Musicas do Século...(1)

Há musicas, e cada vez mais, que são descartáveis como uma peça de roupa que se veste e deixa-se de usar, como a pastilha que se usa e deita fora, como o vinho que se bebe, acaba e não deixa saudade. Outras marcam uma geração, uma época, um Século. Uma frase, uma imagem, um momento, um movimento ou um arrepio. Existem musicas que ouviremos até termos audição. Esta, marca pelo sonho comum a todos, e... pessoalmente... pelo mundo nas mãos de uma criança.

História infantil...A caneta magica


João era um menino que vivia triste. Acabado de entrar para o 2º ano na sua escola primária, João evidenciava algumas dificuldades na escrita e no desenho. João tinha um coração verde, puro como uma planta, vivia a ingenuidade da sua idade, de uma forma despreocupada. Um dia, ouviu uma frase que sua professora lhe disse, que o iria fazer acordar dessa realidade.
- João! Não quero mais desculpas, tens que ter interesse para poder melhorar, estás a dar um passo para trás! Depois das férias da Páscoa vais ter que trabalhar intensamente!
João ficou muito triste, só queria ser igual mas…diferente dos seus colegas. Era um menino que vivia sem a disponibilidade dos mais velhos, João nunca tinha ouvido uma história ao deitar, compreensão ao acordar, vivia num meio onde era escassa a tolerância para com uma criança da sua idade. João procurava distrair-se brincando sozinho, e sozinho… e sozinho. João estava cada vez mais fechado para os outros, aqueles que o rodeavam.
Quando visitavam uma biblioteca, João, apaixonado como era por histórias infantis, sentou-se no chão com uma pilha de livros há sua frente. Rapidamente João deixava um para entrar noutro, era aquele o seu mundo, a ilusão. Ele era demasiado preguiçoso para ler, por isso devorava os desenhos que via e criava a sua própria história. Quando arrumava os livros na estante, João reparou numa estranha caneta de bico amarelo. O rapaz olhou á sua volta e não viu ninguém que pudesse ser o dono daquele objecto estranho, e resolveu pegar na caneta. Nesse momento reparou que o bico já era verde. Guardou-a no bolso direito do seu casaco preferido, que vestia quase todos os dias. Estava a chegar o fim da visita e João só pensava em chegar a casa e experimentar aquela estranha caneta que passara a ser lápis, pois já tinha bico de carvão. Chegado a casa, correu para o quarto, abriu um caderno de folhas brancas e agarrou a caneta.
Estranho, esta caneta não é rija… é mole, como… um dedo, terá vida? Pensou João.
Tinha um trabalho de casa, imaginar um jardim e desenhá-lo. Deixou cair sua mão sobre a folha branca do caderno e… aquela caneta maluca começou a movimentar a sua mão, como se lesse o seu pensamento. Ele pensou num jardim e ela desenhou-o e pintou-o. João não queria acreditar naquele quadro perfeito. O resultado era um jardim seco, com árvores fáceis de subir, fruta baixa para apanhar, campos, balizas, tabelas para atirar sua bola de basket, pequenos buracos para enfiar sua bola de golfe, uma cova para jogar ao berlinde, terra mole para jogar ao espeta, e um parque… baloiços, escorregas, bicicletas, obstáculos para transpor, um contador de histórias, e… uma nave espacial. Essa era a sua grande paixão, João queria ser astronauta, queria viver para além da Terra. E o que dizer das cores…reais, E a profundidade, os relevos. Um suposto desenho era já um quadro fantástico. João tinha medo do escuro. Quando chegou a noite, aquela caneta mágica desenhou numa folha branca uma luz que iluminava, e com ela adormeceu. João, passou as duas semanas de férias com a caneta magica que lhe lia o pensamento. Com ela aprendeu a escrever, a desenhar e a pintar como ninguém. No fim das férias, João reparou que a caneta mágica estava cada vez mais triste, já não empurrava sua mão, era João que movimentava a caneta. Foi então que teve uma ideia. No dia seguinte João pediu ao pai para ir á biblioteca. João levou a caneta, deixando-a no mesmo lugar onde a tinha encontrado, e disse a uma caneta que não o conseguia ouvir: - Obrigado por tudo o que me deste! Aqui, estará provavelmente a tua família, todos nós precisamos de uma, aqui serás feliz!
João não conhecia o egoísmo.

Poeta Escondido,02-03-2010

Adelino...O velho sábio. Memórias do coração.


O velho sábio.
Um dia o velho sábio disse:
- Houve momentos na minha vida em que perdi a cabeça, foi um mal bem necessário, com isso encontrei o coração e… senti-o! Outros houve, em que perdi o coração… e encontrei a cabeça… lúcida! Houve momentos em que perdi a postura, a razão, o equilíbrio, houve momentos de arrependimento mas… nunca perdi o orgulho e a dignidade em ser uma pessoa de bem. Apesar do pouco tempo que me resta, continuo a andar de cabeça bem erguida.
Quero continuar a viver com os dois, menos com a cabeça, mais com o coração. É este que me mantêm vivo.
O meu coração também tem memórias!
Poeta Escondido, 02-03-2010

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