Entrei por uma grande superfície
comercial com um pensamento: - Mas k raio faço eu aqui, se nada do
que está aqui dentro me traz felicidade. Nem vontade em consumir sinto.
Consumir...
Na verdade, aquilo que tenho vontade de
consumir continua a ser o mesmo, mais do mesmo. Sim... apetece-me
voltar a sentir o sabor de palavras que descrevem pensamentos. De
viajar com a mente para lugares incertos e desconfortáveis
procurando respostas que não existem.
… Folheei um livro.
Ao olhar para um parágrafo, pensei: -
Não devia de estar aqui a ler, devia era de estar a escrever, isso
sim. Devia de estar a alimentar aquele sorriso que não se vê, a
satisfação de saber estar comigo e acrescentar paginas á bíblia
da religião com a qual mais me identifico.
Saí... Saí daquela grande superfície
comercial e entrei no carro zangado comigo ao perceber que não tinha
páginas brancas onde escrever esse pensamento espontaneo.
- Não faz mal! Pensei...
Tomei nota do momento num “megabyte”
livre da minha usada memória e... aqui estou eu.
Do nada... ganhei vontade.
Num muro branco... grafitei no vazio.
Olhando num céu cinzento... espreitei
o Sol, despejando as vagas de um mar agitado e continuei...
Continuei a pensar simples, olhando
para além do que é visível.
Dobicodacaneta, 25-9-2012
Sim, já senti isso...é a escrever que me encontro, tenho pena é que a maioria das vezes goste de andar desencontrada de mim mesma... :)
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