Hoje cresceu em mim um sentimento de saudade. A vontade adormecida, despertou… como a sede.
Faz algum tempo que não escrevia. Pelo meio alguém me perguntou: - Porque é que nunca mais escreveste? A minha resposta saia tímida, cheia de incerteza. – Porque não tenho pensado em escrever! Ao dar esta resposta referia-me ao acto físico, o pegar na caneta, o tocar no teclado. -Eu sei! Sabia que estava em falta com o tempo em que estou comigo, acompanhado de pensamentos que escrevo. Hoje voltei a sentir isso, naturalmente, matei essa sede que sentia. Sozinho, tenho comigo a caneta e o papel, sinto o sol, tenho o mar e… deixo o pensamento mergulhar nesse mar, nesse mar de palavras também elas com saudades minhas.
Estivemos separados, mas nunca deixámos de estar juntos, o pensamento tem esta força.
Escrevendo, matei essa sede guardando a saudade.
dobicodacaneta, 26-4-011
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