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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Livro meu...part 7 (Piano II)
A sala reagiu aplaudindo de uma forma vigorosa como se já conhecessem o tema e, o tivessem ouvido muitas vezes.
Pablo estava surpreendido.
Tontices, era uma letra em forma de poema que tinha escrito á pouco tempo e enviado pelo correio dentro de uma caixinha de musica chinesa embrulhado em papel com cheiro a rosas.
Pablo não queria perder nada, Eva começara a tocar e Pablo quando ouviu o primeiro verso da sua letra, levantou-se, furou por entre a multidão e entrou por aquele jardim das delícias encantado, ajoelhou-se e…por ali ficou.
Eva cantava:
Sinto-me tonta por dizer
Que não precisas de te ajoelhar
Quero sentir e viver
Tudo o que tens para me dar.
O público não sabia que aquele homem ali ajoelhado com ar de campista era Pablo, o autor daquela letra. Ele não queria perder nada, sentia o desejo de ver de perto a boca de Eva gemendo aquele poema, queria ver de muito perto seus dedos deslizando suavemente pelas teclas revestidas a marfim do piano, precisava de sentir aquele coração batendo perto do seu.
Eva continuava:
Dentro de mim, a chuva
O sol, a humidade
Se transforma em suor
Que pinga felicidade.
Tontices…tontices…tontices…
Que me acende a ilusão
Tontices…tontices…tontices
Que me traz de volta nossa paixão.
Tontices…tontices…tontices…
Que me acende a paixão
Tontices…tontices…tontices…
Que traz de volta nossa ilusão.
O público cantava o refrão, Pablo não, a sala entoava a canção, Pablo não.
Pablo estava num mundo a preto e branco como o cartaz de “Casablanca” por cima do piano, envolvia-se num mundo de surdos e mudos onde, só aquela expressão, aquele movimento dos lábios e das mãos o entendessem.
Pablo estava a viver um momento de uma vida, um momento para recordar biliões de vezes sem nele ter que pensar.
Pablo estava flutuando naquele real jardim de delícias *.
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