… Estava
longe, algures entre um olhar que nada vê, tentava entender o que fazia naquele
lugar. Enquanto esperava a minha vez para entrar por uma porta branca fechada,
senti alguém aproximar-se.
Num
movimento leve, rodopiou como quem dança, subindo o olhar até me atingir, e
sorriu... Num sorriso pequeno e tímido.
Não fixei o
tamanho, guardei a relevância.
Aquele rosto,
no cimo daquele vestido justo de malha preta, emanava beleza, captando a total atenção
desse meu olhar, antes distante.
Meio
atordoado, enquanto se afastava ainda pensei: - Um minuto, a quantidade de histórias
e ilusões que este minuto pode provocar no meu pensamento.
Na nossa vida,
existem minutos riquíssimos, não pelo k ganhamos mas pelo que temos
oportunidade de ver, e sentir.
Possivelmente,
voltarei a vê-la sorrir, mas nada se comparará a quando sorriu só para mim.
Dobicodacaneta,?-4-2012
(Livro Branco em construção)