Quando passas…
Esse seu andar, solto e belo, dinâmico e apaixonante, com que se apresenta.
Sem o ver… sinto que a calçada se estende e sorri,
Quando passas…
Sem o ver… sinto que o ar se agita,
Soprando escrita.
Quando passas…
Sem o ver… os prédios ajoelham-se para te ver passar,
Consumir e escutar.
Quando passas…
Sem o ver… os candeeiros erguidos começam a luzir,
Para te seduzir.
Quando passas…
Sem o ver… o Sol ilumina a ilusão de um dia seres raiz,
Árvore que cresce feliz.
Quando passas…
Sem o ver… a noite observa-te baixinho pensando:
- Bem que podia andar mais devagarinho!
Quando passas…
Consigo ver… os homens fingindo que és normal.
Ignoram-te, observando e meditando confundidos pela beleza que mostras, e pela beleza que escondes,
Quando passas…
Sem o ver… Consigo ver o que fica…
Um enorme rasto de saudade…
Quando passas…
Podias ser religião, culto, musica ou poesia,
Até especiaria…
Picante, cheirosa e saborosa,
Mas és mulher!
E ser mulher… é ser tudo isso!
Quando passas…
dobicodacaneta, 9-3-2011 (Dedicatória ao dia da Mulher)